Qual é seu paradigma de felicidade?
- Espaço Terapêutico Holos
- 25 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de abr.
Somos levados a acreditar que a felicidade está sempre, justamente, onde nós não estamos. Mas o que seria isso? Um jogo de pique esconde? Se tenho um carro, o do vizinho é melhor, se vou a um restaurante serei questionada pelo nome do famoso Chef que me atendeu, e por que minha viagem para visitar minha família há muito não vista, é menos importante do que a dos meus parentes que viajaram para um longíquo país exótico nas montanhas do Oriente?
Vivemos a busca do que não temos, pois só assim nos mantemos consumidores ávidos do materialismo incessante. Então viajar é ruim, e não devemos desejar ter um carro bacana, ou querer fazer viagens incríveis ? Não, absolutamente, o que precisamos prestar atenção, é, o quanto que a busca do próximo passo a que somos conduzidos diariamente, nos anestesia do nosso presente, e mais do que isso, nos tira a percepção da nossa felicidade passada. Porque quando nos desfazemos dos nossos momentos passados, perdemos a chance de sermos gratos, e a falta de gratidão nos leva ao sentimento de decepção, de falta de termos conquistado algo. Mas afinal, se nosso carro nos preenche, e visitar nossos parentes nos encheu de amor e alegria, porque não conseguimos nos realizar?
Será verdade que pessoas ricas são mais felizes, e basta recorrermos à famosa frase? "Dinheiro trás felicidade."
Bom, somos seres racionais, mas nossas crenças acabam sendo mais fortes do que nossa capacidade de questionar as mensagens que recebemos diariamente, deixando que elas nos dominem. De novo, assim como não nego que o dinheiro possa proporcionar momentos incríveis de felicidade, também acredito que, mesmo a falta dele, também tem esse poder em nossas vidas, porque a felicidade é um sentimento e não um produto que está à venda, e como todo sentimento ele está dentro de você.
Experimente estar numa situação muito difícil em sua vida, um momento de imensa dor, e veja quem você gostaria que estivesse ao seu lado, lhe apoiando e ouvindo. Provavelmente será aquele parente longe, que a vida separou fisicamente, mas que permanece ligado pelos laços do amor.
E então chegamos no ponto, o amor, sim o amor com que vivemos nossas experiências, independente de lugar, do valor que pagamos por elas, esses são os que geram nossos mais puros sentimentos de felicidade, e é por eles que devemos ser gratos, são eles que elevam nosso padrão energético e nos movem. Qualquer outra experiência que não seja movida por esse sentimento, está fadada a deixar um buraco, um vazio, e uma necessidade de continuar essa busca cíclica que nos suga energia, mesmo que inconscientemente.
E com isso, temos a obrigação nas nossas vidas de questionar sempre o porque permanecemos em determinados lugares como, por exemplo, nos nossos empregos.
Permita-se refletir honestamente, sem julgamento, até porque só você estará ouvindo, e se a resposta for apenas pelo dinheiro que ele está lhe trazendo, talvez seja a hora de associá-lo ao seu momento atual de felicidade e entender se, a ausência do prazer de viver, e a troca pelo sobreviver a qual está submetido, está de acordo com o que você quer para sua vida. E quem fala em trabalho fala em tudo a sua volta, suas relações, sua religião, sua casa...
Tente conciliar e equilibrar ao máximo suas necessidades materiais com seu prazer e alegria de viver e sinta o resultado a sua volta.

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